Um ponto no traço...

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    Coisas...
    terça-feira, janeiro 13, 2004

    Matadores

    Esta é uma das minhas preferidas...


    "Ele não gosta de café sem açúcar nem comida sem sal
    E por isso a sua esposa se deu mal
    Vacilou no fogão não tem perdão
    Acabou estrangulada e pendurada no varal
    Ele não gosta de homem nem de homossexual
    Só do Padre Marcelo porque o padre é legal
    Esse cara é matador mas acredita no Senhor Jesus
    E tá sempre com uma cruz pendurada no cordão
    Na cinta uma pistola, um três-oitão e bastante munição
    A descrição?
    Bem, nem alto nem baixo, nem fraco nem forte
    E feio feito a morte
    O seu rosto quem conhece não esquece
    Mas quem vê diz que não viu e que se ver não reconhece
    O seu nome ninguém sabe dizer
    Só a mãe que sabia, mas depois de nascer
    Ele enforcou a coitadinha com o cordão umbilical
    Tudo isso no quintal, que não tinha hospital
    Apagou os vizinhos e cresceu ali sozinho
    Desde menino com um instinto assassino

    (Mata!)
    Ele mata pela frente!
    (Mata!)
    Ele mata por trás!
    (Mata!)
    Ele mata muita gente!
    (Mata!)
    Ele mata mas faz!

    Cresceu e quis entrar pra polícia
    É lógico que foi aprovado no teste psicológico
    Mas na prova de tiro foi reprovado
    Porque deu pipoco pra tudo que é lado e derrubou um bocado
    Frustrado, foi parar numa fazenda
    Jagunço de responsa, matador por encomenda
    Mas um dia ele cansou de ser peão
    Decepou o patrão com um facão e descobriu uma profissão que dá dinheiro:
    Pistoleiro de aluguel
    Você paga e dá o nome, que ele manda pro céu
    Não importa o motivo, adultério ou vingança
    Guerra de família, discussão na vizinhança
    O seu objetivo ele alcança
    Vivo é tudo igual, o que muda é a cobrança:
    Sem terra é por tempo de matança
    Criança abandonada é por quilo, pesada na balança
    Operário é um salário
    E pra matar o pai e mãe é dez por cento da herança
    Juiz ou delegado, prefeito ou deputado...
    Todos tem seu preço, que o serviço é tabelado

    Refrão

    Ele nunca lê jornal, porque não sabe ler
    Mas em troca de um presunto recebeu uma tevê
    Começou a ver notícia e descobriu que profissão que dá dinheiro, muito mais que pistoleiro, é a política:
    Ganhar grana de verdade, na maior tranqüilidade
    Porque tem a imunidade no país da impunidade
    - E é por isso que os político tá sempre contratando os meus serviço pra matar uma pá de gente...
    Mas agora eu também quero ficar rico
    Vou me candidatar e tem que ser pra presidente!
    Deputado, nem pensar, porque um suplente vai mandar
    Algum colega me matar!
    Chegou a eleição e as pesquisas apontavam um fracasso
    Mas ele ganhou fácil
    Matou os candidatos oponentes um por um
    E foi eleito presidente sem problema nenhum
    Na posse ele escondeu o seu revólver sob o terno
    E prometeu que o seu governo era muito "mudérno"
    Mas depois de pouco tempo começaram os decretos
    E medidas provisórias provocando desafetos
    Aumentaram os impostos e também a oposição
    Mas ele não gosta de reclamação
    Só de raiva resolver exterminar os aposentados
    E dizer que o desemprego era pro bem da nação

    Refrão

    Um pistoleiro incomoda muita gente!
    O presidente incomoda muito mais!
    Um pistoleiro assassina muita gente!
    O presidente assassina muito mais!
    E o povo vai morrendo cada vez mais
    Atingido por emendas anticonstitucionais
    Quando tem corrupção com telefone grampeado e o cacete
    Ele varre pra debaixo do tapete
    Todo tá pagando e o país só tá devendo
    Presidente tá matando
    Mas ninguém tá reclamando porque o bicho tá pegando
    E o coro tá comendo
    Presidente tá chegando
    Todo sai correndo porque o presidente é mau, pega um, pega geral!
    Presidente é mau, pega um, pega geral!!
    Presidente é mau, pega um, pega geral!!!
    (Empresário!)
    (Classe média!)
    (Zona urbana e rural!!!)
    E o povo reunido, muita gente assistindo a cerimônia
    Da privatização da Amazônia
    Aplaudindo o presidente matador, com medo de vaiar
    Debaixo de um calor de rachar
    Ele pára seu discurso pra tirar o terno quente
    Fica sem camisa e escuta de repente:
    (Ih! Alá! O presidente esqueceu o três-oitão!)
    Ele encara a multidão...
    Põe a mão na cintura e não encontra a pistola
    (- Ele tá desarmado!)
    (- Pega!!)
    (- Esfola!!)
    Ele chora, se apavora e implora piedade
    Mas agora tá na hora da verdade
    O povo brasileiro resolveu se vingar
    Cercou o pistoleiro e começou a gritar:
    (- Mata!)
    Ele mata pela frente!
    (Mata!!)
    Ele mata por trás!
    (Mata!!!)
    Ele mata muita gente!
    (Mata!!!)...
    Hoje eu tô feliz, matei o presidente."

    - Gabriel "O Pensador"/Liminha


    Benjamim, terça-feira, janeiro 13, 2004


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