Um ponto no traço...

Um ponto no traço...
Eu...
Nome: Benjamim
Idade: 21
Altura: 1,76m
O que gosto: Muita Coisa

O que não gosto: Muita Coisa

Messenger: benjamim_gouveia@hotmail.com

Delícias

  • Os olhos não mentem
  • Mais do mesmo
  • Pensamentos desconexos
  • Blog do Relvado.com
  • cscravo
  • Carrico
  • Algo de Algodão
  • Super Bock
  • Depois do Adeus
  • Dias que voam
  • Pela estrada fora
  • Silencio Digital
  • PoetryCafe
  • j-eagle
  • Delicias...Sonoras



    moon phases
     

    This page is powered by Blogger. Isn't yours?

    Coisas...
    sábado, março 05, 2005

    Alvalade, 14 de Agosto de 2005

    U2 U2 U2 U2 U2 U2 U2 eu tou lá e tu?



    Benjamim, sábado, março 05, 2005


    quinta-feira, março 03, 2005


    No sorriso louco das mães batem as leves
    gotas de chuva. Nas amadas
    caras loucas batem e batem
    os dedos amarelos das candeias.Que balouçam. Que são puras.
    Gotas e candeias puras. E as mães
    aproximam-se soprando os dedos frios.
    Seu corpo move-se
    pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões
    e orgãos mergulhados,
    e as calmas mães intrínsecas sentam-se
    nas cabeças filiais.
    Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado,
    vendo tudo,
    e queimando as imagens, alimentando as imagens,
    enquanto o amor é cada vez mais forte.
    E bate-lhes nas caras, o amor leve.
    O amor feroz.
    E as mães são cada vez mais belas.
    Pensam os filhos que elas levitam.
    Flores violentas batem nas suas pálpebras.
    Elas respiram ao alto e em baixo. São
    silenciosas.
    E a sua cara está no meio das gotas particulares
    da chuva,
    em volta das candeias. No contínuo
    escorrer dos filhos.
    As mães são as mais altas coisas
    que os filhos criam, porque se colocam
    na combustão dos filhos, porque
    os filhos estão como invasores dentes-de-leão
    no terreno das mães.
    E as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos,
    e atiram-se, através deles, como jactos
    para fora da terra.
    E os filhos mergulham em escafandros no interior
    de muitas águas,
    e trazem as mães como polvos embrulhados nas mão
    se na agudeza de toda a sua vida.
    E o filho senta-se com a sua mãe à cabeceira da mesa,
    e através dele a mãe mexe aqui e ali,
    nas chávenas e nos garfos.
    E através da mãe o filho pensa
    que nenhuma morte é possível e as águas
    estão ligadas entre si
    por meio da mão dele que toca a cara louca
    da mãe que toca a mão pressentida do filho.
    E por dentro do amor, até somente ser possível
    amar tudo,
    e ser possível tudo ser reencontrado por dentro do amor.

    Herberto Helder


    Benjamim, quinta-feira, março 03, 2005

    O navio de espelhos

    O navio de espelhos
    não navega, cavalga

    Seu mar é a floresta
    que lhe serve de nível

    Ao crepúsculo espelha
    sol e lua nos flancos

    Por isso o tempo gosta
    de deitar-se com ele

    Os armadores não amam
    a sua rota clara

    (Vista do movimento
    dir-se-ia que pára)

    Quando chega à cidade
    nenhum cais o abriga

    O seu porão traz nada
    nada leva à partida

    Vozes e ar pesado
    é tudo o que transporta

    E no mastro espelhado
    uma espécie de porta

    Seus dez mil capitães
    têm o mesmo rosto

    A mesma cinta escura
    o mesmo grau e posto

    Quando um se revolta
    há dez mil insurrectos

    (Como os olhos da mosca
    reflectem os objectos)

    E quando um deles ála
    o corpo sobre os mastros
    e escruta o mar do fundo

    Toda a nave cavalga
    (como no espaço os astros)

    Do princípio do mundo
    até ao fim do mundo

    Mario Cesariny


    Benjamim, quinta-feira, março 03, 2005



    current
    12/01/2003 - 01/01/2004
    01/01/2004 - 02/01/2004
    02/01/2004 - 03/01/2004
    03/01/2004 - 04/01/2004
    04/01/2004 - 05/01/2004
    05/01/2004 - 06/01/2004
    06/01/2004 - 07/01/2004
    07/01/2004 - 08/01/2004
    08/01/2004 - 09/01/2004
    09/01/2004 - 10/01/2004
    10/01/2004 - 11/01/2004
    11/01/2004 - 12/01/2004
    12/01/2004 - 01/01/2005
    02/01/2005 - 03/01/2005
    03/01/2005 - 04/01/2005
    05/01/2005 - 06/01/2005
    07/01/2005 - 08/01/2005
    10/01/2005 - 11/01/2005